abril 30, 2022

Desemprego fica em 11,1% em março, e renda média cai 8,7%

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Houve extinção de 472 mil vagas no primeiro trimestre de 2022

O desemprego no Brasil foi de 11,2% no trimestre terminado em fevereiro para 11,1% no encerrado em março, a mais baixa para o período desde 2016, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira 29 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou bem perto do piso das expectativas dos analistas, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,0% e 11,7%, com mediana de 11,4%.

“Ao contrário dos dados anteriores, em que, apesar de a taxa mostrar uma surpresa para baixo, a composição mostrava uma piora, o número de hoje está muito melhor do que o esperado, na taxa, na composição e nos salários”, opinou Mirella Hirakawa, economista-sênior da AZ Quest. “A gente começa a entender que o mercado de trabalho está mais aquecido, e muito mais aquecido, do que o anteriormente esperado.”

A surpresa contraria a tendência de alta na taxa de desemprego no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre do ano anterior. Ao fim de 2021, a taxa de desocupação também estava em 11,1%. Segundo o IBGE, o mercado de trabalho manteve a tendência sazonal de dispensa de trabalhadores temporários no primeiro trimestre, mas houve menos demissões do que em anos anteriores.

“De modo geral, a ocupação caiu menos do que costuma cair em primeiros trimestres de anos anteriores”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Houve extinção de 472 mil vagas no primeiro trimestre de 2022 ante o quarto trimestre de 2021, enquanto 62 mil pessoas desistiram de procurar trabalho. A taxa de desemprego não aumentou porque 929 mil cidadãos decidiram aderir à inatividade, ou seja, nem trabalharam nem buscaram uma vaga.