abril 17, 2024

Exames indicam que idoso não morreu sentado; polícia procura motorista de app que o levou a agência bancária

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Mulher tentou sacar empréstimo em nome de homem morto agência bancária de Bangu, no Rio de Janeiro - Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que sinais encontrados no corpo do idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, derrubam a versão da defesa da sobrinha Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, de que o idoso morreu na agência bancária.

O delegado ainda tenta identificar o motorista de aplicativo que levou Erika e Paulo até o banco.

Fábio Luiz Souza, titular da 34ª DP (Bangu), já entrou em contato com a empresa de aplicativo para chamar o homem para depor e entender quem colocou e como colocou o idoso do veículo.

Livores cadavéricos indicam que Paulo não teria morrido sentado. Livores são acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação que, no caso dele, se acumularam na nuca, indicando que ele deve ter ido a óbito deitado.

Erika de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.

Mancha na nuca
Segundo o delegado, havia livores cadavéricos na parte de trás da cabeça de Paulo e tudo indica que ele tenha morrido pelo menos duas horas antes do atendimento da equipe do Samu na agência bancária.

Se Paulo tivesse morrido no banco, haveria livores nas pernas, já que ele estava na cadeira de rodas. Mas a perícia inicial não encontrou manchas nos membros inferiores.

“Não dá pra dizer o momento exato da morte. Foi constatado pelo Samu que havia livor cadavérico. Isso só acontece a partir do momento da morte, mas só é perceptível por volta de duas horas após a morte”, explicou Fábio.

A polícia ainda não sabe se ele usava ou não cadeira de rodas anteriormente, e isso será objeto de investigação.

Além disso, os agentes esperam o exame de necropsia para atestar a causa da morte: se ela ocorreu por alguma causa natural ou se foi dado a ele alguma substância que pudesse levá-lo a morte.