dezembro 21, 2022

Fábio Faria pede demissão do Ministério das Comunicações

Um comentário | Deixe seu comentário.

Fário Faria deixou o comando do Ministério das Comunicações. A demissão “a pedido” foi publicada nesta 4ª feira (21.dez.2022) no DOU (Diário Oficial da União), em decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Executivo não nomeou um substituto.

A pasta será comandada interinamente a partir de agora pela atual secretária-executiva, Estella Dantas. Ela fica na cadeira até que assuma o próximo ministro, em 1º de janeiro de 2023, a ser indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Fábio Faria pediu para sair do cargo por questões logísticas e pessoais. Ele é deputado federal licenciado pelo Rio Grande do Norte e o mandato vai até 31 de janeiro de 2023. Vai sair em férias com a família e passar uma temporada de 2 meses na cidade de Orlando, na Flórida (Estados Unidos).

Faria é casado com Patrícia Abravanel, uma das filhas do empresário e apresentador Silvio Santos, dono do SBT. A viagem para os EUA será na 5ª feira (22.dez.2022). Antes, ele precisava retomar o mandato na Câmara, algo que só pode ser feito presencialmente –daí houve a necessidade de sair das Comunicações nesta 4ª feira.

O ex-ministro não terá mandato a partir de fevereiro de 2023. Ele chegou neste ano a pensar em concorrer a senador pelo Rio Grande do Norte, mas a vaga no campo dos apoiadores de Jair Bolsonaro foi ocupada por Rogério Marinho (PL) –que se candidatou e foi eleito.

Faria assumiu o recém-criado Ministério das Comunicações em junho de 2020. Durante sua gestão nas Comunicações, comandou a chegada do 5G ao Brasil. Em 10 de dezembro, disse que Natal (RN) deverá ser a 1ª capital brasileira com cobertura 5G.

O leilão do 5G somou R$ 46,8 bilhões em arrecadação. O valor é referente a R$ 7,4 bilhões das outorgas (montantes que as vencedoras pagarão ao governo federal) e de R$ 39,4 bilhões em investimentos obrigatórios na área de infraestrutura, a partir dos compromissos assumidos pelas empresas.

Foi um dos que levantou suspeitas sobre a suposta supressão de inserções de propagandas eleitorais de Bolsonaro em emissoras de rádios. Pouco antes do 2º turno das eleições, disse que não teria dado a entrevista sobre o tema se soubesse que o assunto escalaria a ponto de pedirem o adiamento das eleições.Rádios dizem que não receberam inserções de Bolsonaro

Os advogados de Bolsonaro classificaram o fato como “gravíssimo, capaz de efetivamente assentar a ilegitimidade do pleito” e pediram a “imediata suspensão da propaganda de rádio” da coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), contudo, rejeitou o pedido para que a Corte investigasse a suposta supressão de propagandas em rádios.