junho 17, 2020

Estudo de professores da UERN recomenda lockdown em Apodi, RN

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Um estudo realizado pelos professores Gutemberg Henrique Dias, Filipe da Silva Peixoto, José Alexandre Berto de Almada e Fabio Ricardo Silva Beserra, do Departamento de Geografia (DGE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) traçou o perfil das medidas que cada município potiguar deve tomar para conter o avanço da covid-19.

O trabalho elaborou duas fórmulas para apresentar o perfil do que deve ser recomendado para as cidades. Ao final, sugere o tipo de isolamento para cada realidade vivida pelos municípios em relação à pandemia. O estudo aponta, por exemplo, que cidades como Mossoró, Apodi e Alto do Rodrigues deveriam ter lockdown.

Na primeira fórmula, o coeficiente de letalidade, são cruzados os dados como números de óbitos com o de novos casos confirmados. Já no coeficiente de incidência se comparam os números de casos confirmados com o de população de risco.

Os dois coeficientes foram comparados com os índices de ocupação de leitos chegando à Taxa de Risco. “A combinação de variáveis apresenta o grau de risco da Covid-19 no contexto do Rio Grande do Norte, em cinco níveis: muito baixo; baixo; médio; alto e muito alto”, diz o estudo.

A partir desses números foi possível elaborar os níveis de isolamento sugeridos que variam de flexível a máximo (lockdown) passando por intermediário e médio.

Desta forma o estudo recomenda isolamento social máximo para cidades como Mossoró e Apodi, Alto para Natal, médio para Ceará-Mirim e baixo para Angicos.

“Em relação a introdução de lockdown nas regiões de isolamento o estudo propõe que caso a taxa de incidência e letalidade cresçam durante duas semanas epidemiológicas (SE) consecutivas que as autoridades de saúde decretem a paralisação de todas as atividades no âmbito do município liberando apenas as essenciais com restrições rígidas”, diz o estudo.

Para elaboração do trabalho foram usadas informações do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN).


Fonte: Portaldorn.com